Vitrina Arte

O que esperar da Bienal de São Paulo 2025: “Nem todo viajante anda por estradas”

Com curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, a 36ª Bienal propõe refletir sobre trajetórias invisibilizadas e o sentido de humanidade em tempos de transformação.

A Bienal de São Paulo é um dos eventos mais importantes do calendário da arte contemporânea mundial. Fundada em 1951, consolidou-se como um espaço de reflexão, troca e projeção de artistas e ideias que atravessam fronteiras. Sua 36ª edição, marcada para 2025, reafirma esse papel de relevância ao trazer um projeto curatorial que se conecta diretamente com as questões urgentes do nosso tempo. Mais do que uma exposição, a Bienal se coloca como fórum de debates culturais e sociais, expandindo o entendimento do que significa produzir e fruir arte no presente.

A Bienal de São Paulo 2025: curadoria e proposta central

A 36ª Bienal chega sob a direção de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e de uma equipe de curadores que apresentam como proposta central o tema “Nem todo viajante anda por estradas”. O título aponta para deslocamentos que não se limitam a rotas lineares, mas se expandem em caminhos simbólicos, históricos e invisibilizados.

O projeto curatorial nasce de uma questão fundamental: o que significa ser humano em meio às tensões políticas, desastres ambientais e transformações tecnológicas do presente?. A resposta se anuncia plural, atravessada por vozes indígenas, narrativas afrodescendentes e memórias brasileiras que há muito resistem ao apagamento.

Perspectivas e olhares da Vitrina Arte para esta edição

Essa proposta conecta-se ao olhar decolonial, cada vez mais presente em grandes mostras internacionais, mas aqui ganha contornos próprios do contexto latino-americano. A expectativa é que a Bienal reforce o papel da arte como arquivo vivo, denúncia e, ao mesmo tempo, espaço de imaginação e criação.

Outro aspecto que deve ganhar destaque é o diálogo com a inteligência artificial e os impactos da tecnologia na vida contemporânea. Ao colocar a ancestralidade em contraponto ao futuro digital, a Bienal 2025 sugere que a essência da humanidade continua sendo uma questão urgente.

Na visão da Vitrina Arte, esta edição não se limita a apresentar obras de relevância estética. Ela se configura como um convite à escuta, das histórias silenciadas, das formas alternativas de existir no mundo e das relações profundas entre arte, deslocamento e pertencimento.

Visita guiada pela Vitrina Arte

Para colecionadores e interessados em compreender os desdobramentos da mostra de forma mais aprofundada, a Vitrina Arte oferecerá visitas guiadas à Bienal de São Paulo 2025. A proposta é conduzir o público por esse território de memórias, debates e experimentações, revelando como cada obra dialoga com questões mais amplas de história e contemporaneidade. Entre em contato para saber mais.

A Bienal de São Paulo 2025 se anuncia como um marco no cenário da arte contemporânea, ampliando a compreensão sobre humanidade, memória e futuro. Para a Vitrina Arte, acompanhar essa edição é estar diante de uma oportunidade singular: ver como a arte, ao escutar os caminhos invisíveis, nos ajuda a ressignificar nosso próprio tempo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *